CONFESSANDO CRISTO APÓS A MORTE DE DEUS

Autores

  • Alan Diego Fürst Estudante no Concordia Seminary, Estados Unidos

Palavras-chave:

Confissão de fé. Política Cultural. Reforma. Modernidade. Morte de Deus.

Resumo

O tópico principal deste artigo apresenta observações referentes às mudanças culturais e sociais no Oeste trazidas pela Modernidade, e considera como tais mudanças influenciaram a prática da confissão de fé da igreja cristã, a fim de contribuir com maneiras de confessar Cristo em uma sociedade profundamente influenciada por tais mudanças. O artigo possui
duas partes principais. Na primeira, é apresentada uma mudança na prática de confessar a fé como um ato público com a chegada da Modernidade. A análise feita por Friedrich Nietzsche – “Deus está morto” – é identificada como uma importante contribuição para entender as mudanças trazidas pela Era Moderna, as quais moldam o contexto atual. Ainda, a lente filosófica de “política cultural” desenvolvida por Richard Rorty é oferecida como uma forma de a igreja retornar à postura de confissão de fé vista em Cristo e nos apóstolos. Na segunda parte, o artigo propõe que a confissão de fé em Cristo após a “morte de Deus” precisa ser feita em termos de política cultural. O artigo argumenta que tal confissão não enfatiza argumentos racionais comuns na Era Moderna, mas, sim, uma confissão pública que é perceptível a todas as pessoas por meio da história que contamos e da vida que vivemos como cristãos. Além de apresentar a confissão de forma relevante para o mundo atual, o artigo argumenta que confessar a fé em termos de política cultural torna compreensível a confissão feita em Augsburgo há quase quinhentos anos pelos reformadores evangélicos.

Publicado

2020-12-10

Edição

Seção

Artigos