DO PÚLPITO PARA O FOGÃO:

LIMITES E DESAFIOS NA MULTIVOCACIONALIDADE

Resumo

O tópico de estudo do presente artigo é a concepção do ser humano como máscara de Deus. O homem é uma máscara que resplandece a face de Deus na vida das outras pessoas, por meio das mais variadas e abrangentes vocações e ofícios com que Deus agraciou os seus filhos, visando o amparo da própria criação divina. Com a queda em pecado e assim a imperfeição humana, os limites de atuação dentro de cada esfera de nossas vocações foram deturpados, acarretando abusos, tanto em um mau uso quanto em um bom uso, porém exagerado e desregrado destas vocações, e, por consequência, da máscara de Deus. Sendo assim, esse artigo busca ensinos considerados básicos, mas de grande importância para as nossas vidas, sendo eles a doutrina dos “Dois Reinos”, a identificação que Lutero faz das “Três Ordens”, a assim identificada doutrina da vocação, bem como o conceito de máscara de Deus, para então salientarmos a importância de não confundirmos ou invadirmos os limites das esferas de atuação em que fomos chamados. Como resultado de nossa pesquisa, observamos a importância de se distinguir, mesmo que de forma simples, as diversas e variáveis vocações que temos em nossas vidas, e assim, quando chamados à ação, agirmos em conformidade com o chamado específico para aquele momento, sem invadir ou sobrepujar uma esfera sobre as outras.