“LOVE IS A TEMPLE”

DEUS E O CULTO NA HORIZONTALIDADE

Autores

  • Cesar Motta Rios Igreja Evangélica Luterana do Brasil - Tijuca, RJ
  • Mário Rafael Yudi Fukue Universidade Luterana do Brasil e Seminário Concórdia

Palavras-chave:

Eclesiologia. Vocação. Amor. Culto. Adoração

Resumo

A partir de meados de março de 2020, por um tempo considerável, mas variável conforme a região, congregações cristãs estiveram impossibilitadas de realizarem suas reuniões públicas em seus templos ou mesmo encontros em residências. Essa situação fez com que diversas questões fossem levantadas. Algumas questões práticas levaram a questões de cunho mais teológico e eclesiológico, especificamente. Este artigo contribui com uma reflexão sobre um problema central: como a igreja continua sendo igreja e agindo como tal quando não está reunida? O que acontece com o culto? Exploro a possibilidade de se considerar a afirmação poética “Love is a temple”, tomada da música One, da banda Irlandesa U2, como noção que instiga à reflexão teológica. A partir de uma reflexão bíblico-teológica, em diálogo com o pensamento desenvolvido durante a Reforma do século XVI em âmbito luterano, proponho que a igreja sem templo ou fora do templo tem no amor um lugar próprio de culto erigido dinamicamente em qualquer situação. Em outras palavras, Deus é cultuado na horizontalidade, no exercício das vocações, inclusive. Embora parta de uma situação atípica, entendemos que a presente reflexão deverá ser útil para uma consideração
mais profunda sobre a igreja, inclusive em situações mais normais.

Publicado

2021-06-30

Edição

Seção

Artigos